A defesa tornou-se um tema cada vez mais relevante no ano passado e continua a ser um tema quente em 2022.
Na Europa, por exemplo, as questões espaciais e de defesa foram colocadas sob a mesma Direção-Geral – DEFIS (DG para a Indústria da Defesa e Espaço), que lidera as atividades da Comissão Europeia no sector da Indústria da Defesa e Espaço. Além disso, foi lançado o primeiro Fundo Europeu de Defesa, para o período 2021-2027, com um orçamento de cerca de 8 mil milhões de euros para financiar a investigação e desenvolvimento, incluindo no sector espacial. Os primeiros convites à apresentação de propostas foram publicados em junho de 2021. Durante a “European Space Conference” de 2022, a dimensão da defesa foi também destacada como uma prioridade central, com o anúncio da publicação de uma Estratégia Europeia Espaço & Defesa no próximo ano e a possibilidade de criação de um Comando Espacial Europeu.
Vários países seguiram abordagens dedicadas ao espaço ou ao reforço das capacidades militares espaciais. É o caso, por exemplo, da criação do UK Space Command em abril de 2021, da realização dos primeiros exercícios militares pela França em 2021 pelo Comando das Forças Espaciais Francesas ou do reforço do orçamento e do pessoal das Forças Espaciais dos EUA. Portugal aprovou igualmente a Estratégia Nacional de Defesa para o Espaço 2020-2030.
Em todo o caso, a Primeira Comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas para Desarmamento e Segurança Internacional aprovou cinco projetos de resolução sobre a utilização pacífica e não armamento do espaço em novembro de 2021. Nomeadamente, foi decidido convocar um Grupo de Trabalho Aberto (OEWG), que reunirá duas vezes em 2022 e 2023, para fazer recomendações sobre possíveis normas de comportamentos responsáveis.
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