A preocupação da União Europeia em criar um quadro regulatório em matéria de sustainable corporate governance que leve as empresas a focarem-se, não em benefícios de curto prazo, mas antes na criação de valor de longo prazo, alinhando de forma mais eficaz todos os interesses em presença, surge da convicção de que só assim as empresas estarão em condições de gerir de forma adequada as matérias de sustentabilidade, tanto nas suas operações como na sua cadeia de valor.
Acresce que são cada vez mais os estudos que evidenciam que as principais razões de uma visão de curto prazo, sobretudo por parte de empresas cotadas, estarão alicerçadas numa interpretação restritiva dos deveres dos gestores de topo, conducente à maximização do retorno financeiro imediato em detrimento da criação de valor de longo prazo assente numa perspetiva estratégica de sustentabilidade. Neste contexto, esperam-se alterações legislativas em matérias como os deveres fiduciários dos gestores e respetivo cumprimento, o alinhamento entre a remuneração dos executivos e os objetivos de sustentabilidade de longo prazo da empresa, a incorporação de critérios/competências de sustentabilidade no processo de nomeação do órgão de administração, entre outras.
A VdA vem acompanhando a evolução regulatória que os temas de sustainable corporate governance estão a atravessar, com vista a apoiar os seus clientes numa matéria que será cada vez mais decisiva, num contexto em que o framework ESG se torna transversal a toda a atividade empresarial.