Paula Gomes Freire é citada no anuário Quem é Quem no Mercado da Advocacia, publicado pelo Jornal Económico, num artigo no qual os líderes de diversas sociedades de advogados respondem à questão “Que previsão faz para o mercado da advocacia em 2024?”.
Sobre o próximo ano e as grandes mudanças que se avizinham a Managing Partner da VdA afirma “Vivemos tempos desafiantes e transformadores, marcados por um ambiente de incerteza e de enorme oportunidade. 2024, ensombrado pelos acontecimentos perturbadores de 7 de outubro e 7 de novembro de 2023, não será diferente. À guerra na Ucrânia veio juntar-se o conflito no Médio Oriente e ao contexto de adversidade económica que marcou Portugal em 2023 junta-se agora um cenário de incerteza política. Apesar de tudo é de esperar que, em 2024, o mercado da advocacia, que tem dado provas de enorme resiliência, se mantenha bastante competitivo e dinâmico até porque, mais do que da saúde da economia, vive essencialmente da atividade económica. E, na verdade, está tudo a acontecer:
• a transição energética e a transição digital, aceleradas pela emergência da IA Generativa, ditam um imperativo transformacional dos modelos de negócio de todos os Clientes em todos os setores e , como tal, abrem a porta a atividade de M&A e a interessantes necessidades de financiamento e de captação de investimento;
• ainda que muito do investimento em Portugal dependa de iniciativa pública e que até ao final do primeiro trimestre não tenhamos um novo governo em funções (o que naturalmente poderá impactar a concretização e o calendário de algumas grandes transações), a verdade é que a localização estratégica de Portugal e a manutenção de um ambiente favorável e de confiança para que muito contribui a subida de rating do país anunciada em novembro de 2023 fazem prever que, em 2024 e apesar da incerteza política, Portugal se mantenha como um destino atrativo para investimentos internacionais;
• os imperativos da Agenda 2030 e a imposição de métricas ESG constituem oportunidades muito interessantes com impacto direto nas matérias de Ambiente, Agro, Business Human Rigths e Governance. Naturalmente que a própria profissão não é imune a este choque transformacional, muito amplificado em 2023 pelos desenvolvimentos em matéria de IA Generativa. Em 2024 será urgente repensar o perfil do advogado do futuro, o modelo de relação com os clientes, as políticas de pricing e o próprio modelo de negócio em que assenta o exercício da advocacia. Parte do que fazemos passará a estar disponível em novos canais de oferta de produtos e serviços e o verdadeiro elemento diferenciador será sempre o capital humano. Como tal, em 2024, será crítico continuar a endereçar os desafios relacionados com a captura e retenção de talento. Uma nota final para assinalar que 2024 será também o ano em que a multidisciplinariedade se tornará uma realidade. Será muito interessante observar como se posicionarão os vários intervenientes no nosso mercado".
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