Assunção Cristas e Catarina Pinto Correia foram entrevistadas pelo Jornal Económico. As duas sócias co-coordenadoras da área de Ambiente, abordaram temas como a regulamentação europeia e nacional dos Mercados Voluntários de Carbono, os desafios do clima e da água e, também, o crescimento do setor do agronegócio.

No mês em que o Parlamento Europeu fechou o diploma regulamentar dos Mercados Voluntários de Carbono, Assunção Cristas afirma que no panorama nacional “estamos mais avançados nesta área, pois temos o decreto de lei que foi publicado no início do ano e esperamos que possa evoluir na parte mais técnica, da construção da plataforma”. Estes desenvolvimentos no âmbito do carbono viabilizam a criação de “créditos de carbono robustos”.

Quando questionadas sobre a gestão da escassez de água em algumas zonas do país, tais como o Algarve, Catarina Pinto Correia esclarece que “temos tido algumas medidas para combater isso, mas são muito estruturais”, ainda assim é necessária a criação de sistemas “que permitam combater o desperdício e as perdas”. É neste âmbito que “o aumento do investimento neste tipo de projetos é que vai resolver a questão da água a nível estrutural”.

Nestes investimentos, Catarina Pinto Correia acredita que “a colaboração entre público e privado é essencial” pelo que se torna necessário “incrementar o investimento público sim, mas também privado, e com parcerias privadas que possam trazer mais capacidade de investimento”.

Para Assunção Cristas o setor do agronegócio “tem mostrado grande dinamismo, aliás, cada vez mais sofisticado, modernizado. Hoje em dia, falar de agricultura também é falar de todos os outros temas, da digitalização e do uso de ferramentas que nos permitem atuar na produção agroalimentar de uma maneira radicalmente diferente”.

  • A entrevista do Jornal Económico, está disponível para consulta aqui.