No âmbito do Clube dos 52, uma iniciativa do Observador que desafia personalidades a refletirem sobre o futuro do país na próxima década, João Vieira de Almeida, partilha a sua visão sobre os desafios e oportunidades que Portugal enfrenta.

Segundo João Vieira de Almeida, "poucas vezes o país se terá defrontado com um quadro tão complexo de transformação e incerteza", tanto no plano interno como externo. A geopolítica global multipolar e o recuo da globalização impõem a Portugal a necessidade de "escolhas estratégicas sensíveis" e de diversificação de parceiros, num cenário onde a estabilidade europeia está em constante mudança.

Entre as áreas de oportunidade, destaca a importância do mar, referindo que "Portugal possui das maiores Zonas Económicas Exclusivas do mundo", o que confere ao país um papel estratégico no Atlântico, tanto a nível económico como científico e militar. Adicionalmente, sublinha que a atratividade do país é reforçada pela sua localização e pela "qualidade do capital humano" - elementos que colocam Portugal como um destino natural para investimentos em setores-chave como a defesa, a tecnologia e a energia.

No campo da energia e do ambiente, João Vieira de Almeida considera que Portugal tem estado "na linha da frente" e que se abrem "oportunidades na bioeconomia e na requalificação do interior", com impactos positivos na criação de emprego e fixação de população.

Conclui que, para concretizar estas oportunidades, é essencial uma colaboração estreita entre o Estado e o setor privado, com o objetivo de "criar condições para que essas oportunidades possam e mereçam ser exploradas".

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