Mariana França Gouveia, Sócia da área de Contencioso & Arbitragem, é citada pela Iberian Lawyer num artigo intitulado “Mulheres na Arbitragem: quebrar preconceitos”. A publicação aborda a crescente relevância da arbitragem em Portugal e os desafios que persistem na promoção da igualdade de género nesta prática jurídica, apesar dos avanços alcançados nas últimas décadas.

Portugal tem vindo a afirmar-se como um centro emergente de arbitragem, sustentado por uma lei moderna, tribunais favoráveis e uma comunidade de profissionais altamente qualificados. Neste contexto, Mariana França Gouveia sublinha que a arbitragem “tem vindo a conquistar, dia após dia, a confiança dos utilizadores, dos advogados e das empresas”, destacando a sua importância em setores como a construção, a energia, as fusões e aquisições, os contratos públicos e, mais recentemente, as disputas ligadas à tecnologia.

Apesar dos progressos, as estatísticas mostram que as mulheres continuam sub-representadas entre os árbitros. Em 2024, apenas 14% dos árbitros em Portugal eram mulheres, segundo dados do Centro de Arbitragem Comercial. A nível internacional, algumas instituições começam já a atingir a paridade — é o caso da Corte Espanhola de Arbitragem, que em 2024 alcançou 50% de nomeações femininas.

Para Mariana França Gouveia, o verdadeiro progresso depende da determinação, da disciplina e da aprendizagem contínua:

É preciso querer e é preciso acreditar. Depois é preciso trabalhar, trabalhar, trabalhar. 

O artigo destaca ainda que a diversidade de género reforça a qualidade dos processos arbitrais, promovendo análises mais rigorosas e decisões mais equilibradas. As redes profissionais e os comités de diversidade assumem, assim, um papel fundamental na promoção da visibilidade e do apoio às mulheres nesta área, impulsionando uma transformação positiva e sustentável.

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