No novo episódio do podcast da VdA, Assunção Cristas, Catarina Pinto Correia e Marta Lima analisam os principais resultados da COP30, realizada em Belém, às portas da Amazónia, deixando uma leitura amplamente positiva desta edição. Para Catarina Pinto Correia, esta foi uma COP marcada por uma mudança clara de foco: a natureza, a floresta e as comunidades indígenas passaram finalmente para o centro da agenda, algo impulsionado pela localização excecional da conferência. Destacou a criação de um fundo florestal inovador, baseado em resultados, já com dezenas de países envolvidos e 6,7 mil milhões de dólares comprometidos, sublinhando com orgulho que Portugal foi o primeiro país a aderir ao fundo. Acrescentou ainda que esta ficou conhecida como a COP da implementação, marcada por avanços reais e por um espírito de colaboração — o “mutirão” — que guiou grande parte das negociações.
Assunção Cristas salientou que a forte presença da Amazónia trouxe uma relevância inédita à biodiversidade e à proteção das comunidades locais e que, apesar das dificuldades geopolíticas, foi possível manter o objetivo global de 1,5 graus, um sinal encorajador num contexto internacional complexo. Sublinhou também o avanço das contribuições nacionais no âmbito do Acordo de Paris, revelando um movimento crescente de empenho e ambição por parte dos países.
Marta Lima reforçou a importância de esta ter sido uma COP fortemente baseada na ciência, elemento que considera essencial para a credibilidade das decisões climáticas. Destacou ainda o papel cada vez mais ativo das empresas, que se mostraram empenhadas em contribuir com soluções e compromissos concretos, bem como a energia positiva que se viveu em Belém, marcada pelo envolvimento de comunidades, jovens e organizações.
Em conjunto, as representantes da VdA concluem que a COP30 reforçou a ideia de que o caminho da implementação está verdadeiramente em marcha e que, apesar dos desafios, existem sinais claros de ambição, avanço e esperança na ação climática global.
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