Assunção Cristas deu uma entrevista ao Jornal de Negócios onde analisou os principais desafios e oportunidades do setor florestal em Portugal, destacando o papel crucial da inovação, da valorização económica dos ecossistemas e da articulação entre políticas públicas e gestão privada.
Na entrevista, intitulada “A inovação de produtos é essencial para a floresta”, a advogada da VdA defendeu que a floresta portuguesa, apesar do seu grande potencial, continua limitada por modelos de gestão pouco rentáveis e uma estrutura fundiária muito fragmentada. Para superar estes obstáculos, aponta caminhos como a aposta em produtos e serviços inovadores, o aproveitamento da bioeconomia e biotecnologia, e a exploração dos mercados de carbono e da biodiversidade.
Assunção Cristas sublinha ainda que o futuro da floresta não depende apenas da componente ambiental, mas também de fatores económicos e sociais. “A questão económica e financeira está intimamente ligada a aspetos sociológicos e mesmo psicológicos, a questões familiares e sucessórias, à íntima ligação à terra e à forma como a pequena propriedade tem um papel relevante na forma como as pessoas constroem a sua própria identidade”, afirmou, referindo que qualquer solução eficaz terá de considerar essa complexidade.
Sobre as políticas públicas florestais, Assunção Cristas reconhece a importância do Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050, mas alerta para a necessidade de garantir a sua execução com os recursos humanos e financeiros adequados.
Salienta ainda o impacto positivo do Prémio Floresta é Sustentabilidade, do qual é presidente do júri, e cujas candidaturas estão abertas até 30 de novembro. Considera que esta iniciativa tem contribuído para revelar boas práticas no setor, fomentar reflexão nas organizações e incentivar a partilha de conhecimento.
- Esta entrevista pode ser lida na íntegra na edição impressa de 20 de junho, do Jornal de Negócios.